quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Pipoca & Manteiga: 10 Filmes sobre Bruxas


Halloween chegando(obaa!), e o Agridossiê já entrou no clima das abóboras e vassouras. Para colaborar com quem também quer entrar nessa vibe mágica, elaboramos uma lista com dez filmes sobre bruxas! Deixa de ser ‘trouxa’ e se entrega também ao mundo da magia!

PS: A lista não segue um critério de ordem.

1. Harry Potter e Todos seus Filmes
Gênero: Aventura
Sinopse: Harry Potter é uma série de sete livros criados pela autora J.K. Rowling. A adaptação cinematográfica conta com 8 produções, sendo o último livro, Relíquias da Morte dividido em dois filmes. O bruxinho que descobre o mundo mágico quando é convocado para iniciar seus estudos na escola de bruxaria Hogwarts, também descobre sua verdadeira identidade. Na companhia de seus amigos Hermione Granger e Rony Weasley, Harry Potter vive incríveis aventuras para destruir o bruxo das Trevas, Lord Voldemort.
Porque assistir: O mundo mágico de Harry Potter é realmente encantador. Quem leu os livros não se decepciona com os filmes. A sensação é que o mundo criado pela autora realmente existe e nós figuramos como os “trouxas” (pessoas não-bruxas) desvendando esse universo paralelo. A história não é infantil, tampouco ingênua. É ótimo perceber o crescimento dos personagens diante das dificuldades e descobertas. A mensagem central não gira em torno do maniqueísmo, mas sim de fidelidade a quem se ama. “Always”.

2. As Brumas de Avalon (The Mists of Avalon - 2001)
Gênero: Drama/Medieval
Sinopse*: Adaptação do best-seller de Marion Zimmer Bradley, o filme relata a lenda do Rei Arthur sob o ponto de vista das feiticeiras Viviane (Anjelica Huston), Morgana (Julianna Margulies) e Morgause (Joan Allen), que moldaram os eventos em Camelot com seus poderes sobrenaturais.
Por que assistir: Aqui a bruxaria é retratada de uma forma realmente mística e religiosa. Apesar de ser uma história sobre o lendário Rei Arthur, o foco é mesmo em sua irmã Morgana, como ela se torna uma sacerdotisa da Deusa e, paganismo. Contamos ainda com Merlin e Anjelica Houston na personagem de Viviane, a Senhora do Lago (posto alto em Avalon). Ah! E na trilha sonora, a ótima Loreena McKennitt  com “The Mystic Dream”.

3. A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project - 1999)
Gênero: Terror
Sinopse*: Em outubro de 1994, três jovens vão para a floresta de Black Hills nos EUA filmar um documentário sobre uma lenda local: “A Bruxa de Blair”. Um ano após a partida dos estudantes, é encontrada a fita que documentava a arrepiante e assustadora viagem dos jovens através da floresta.
Por que assistir: Bruxa de Blair me atrevo a dizer que já é um clássico. O formato do filme, pseudo-documentário filmado em primeira pessoa foi um sucesso (sucesso não quer dizer precursor!!) e deixou o público de cabelo em pé. Na época internet era luuuuuxo (e lentidão) e desvendar a veracidade do filme não foi das tarefas mais fáceis. A publicidade que a produção do filme realizou foi genial e criativa, até hoje bato palminhas pra eles. A lenda da Bruxa de Blair é recontada na história e vale a pena conhecê-la, mesmo que para isso renda alguns sustinhos.

4. As Bruxas de Salem (The Crucible - 1996)
Gênero: Drama
Sinopse*: Baseado em fatos reais ocorridos em 1692, na cidade de Salem (Massachussets), trata-se da história de julgamento em que jovens foram acusadas de bruxaria.
Por que assistir: Não tem como falar sobre bruxa, sem falar em Inquisição. E o caso das Bruxas de Salem realmente aconteceu, regada a muita histeria e falácia jurídica. Um filme mais denso, que discute religião e valores. No elenco, Winona Ryder e rufem os tambores....Daniel Day-Lewis! Se nada te convenceu a assistir, que Daniel Day-Lewis tenha o poder.

5. Abracadabra (Hocus Pocus – 1993)
Gênero: Comédia/Fantasia
Sinopse*: Comédia da Disney ambientada na Cidade de Salem, durante as comemorações do Helloween. É sobre um jovem casal de namorados que ressuscita por acidente três irmãs bruxas que haviam sido condenadas à morte em 1093. Armadas de vassouras voadoras e poderes sobrenaturais, elas passam a perseguir o casalzinho, aproveitando-se do dia festivo para transitar a vontade pela cidade, como se estivessem fantasiadas.
Por que assistir: Dentre minhas alegrias com a chegada do Halloween, está a de saber que Abracadabra vai passar na tv. Como não se apaixonar pelas irmãs Sanderson? São minhas malvadas favoritas, se me permitem. Um filme que temos Bette Midler (sério, essa mulher é demais), Carrie Bradshaw, ops, Sarah Jessica Parker, e a fofa da Kathy Najimy como bruxas atrás de criancinhas na noite de Halloween, com direito a gato preto, cemitério e um zumbi é ou não é motivo de se enfeitiçar por esse clássico? “I put a spell on yoooou, and now you’re miiiine....!”

6. Da Magia à Sedução (Practical Magic – 1998)
Gênero: Romance/Comédia dramática
Sinopse**: Dotadas de poderes mágicos, as Owens há séculos sofrem com uma maldição: todos por quem se apaixonam, vivem pouco. Sally tenta levar uma vida normal e não quer nem ouvir falar em feitiços. Já sua irmã Gillian gosta de curtir a vida com um pouco de "magia"! O envolvimento delas na morte do namorado de Gillian mexe com suas vidas, e até pode quebrar a velha maldição!
Por que assistir: Da série filmes ‘sessão da tarde’, que simplesmente gostamos.  Sandra Bullock e Nicole Kidman (opinião: filme que ela está mais linda!) estão em um filme leve, divertido, romântico e que ainda conta com rituais de magia e tradições passadas por gerações. Também mostra o lado do preconceito e da intolerância em detrimento da união entre mulheres!

7. As Bruxas de Eastwick (The Witches of Eastwick – 1987)
Gênero: Comédia
Sinopse*: Três amigas estão dispostas a tudo para conseguir a companhia de um homem e pedem ajuda ao diabo. Eis que o próprio aparece em carne e osso. Baseado no romance de John Updike.
Por que assistir: Temos um time de estrelas nesse elenco: Cher, Susan Sarandon e Michelle Pfeiffer. Não o bastante, Jack Nicholson de tinhoso! Já viu que presta né? Super divertido, malicioso, bem humorado. Bruxaria para o amor que sai pelo lado errado da varinha!

8. Jovens Bruxas (The Craft – 1996)
Gênero: Terror
Sinopse*: Uma jovem (Robin Tunney) se muda de São Francisco para Los Angeles para começar uma nova vida. Lá conhece três alunas do colégio onde estuda que se dedicam ao ocultismo e à magia (tanto que têm a fama de bruxas entre seus colegas). Quando as quatro fazem amizade e começam a praticar magia juntas, desencadeiam um poder que foge do controle, gerando trágicas consequências.
Por que assistir: Já quero dizer que é terror, mas é um terror leve, com pitadas de clichês de ‘escola americana’. Mais uma vez a bruxaria aparece como religião. Gosto como o filme mostra rituais como círculo de poder, contato com a natureza, a lei tríplice e o comprometimento e seriedade que as moças dedicam à bruxaria mais moderna. Lógico que estamos falando de Hollywood, com seus excessos e invenções, mas no final compõe um bom filme e boas lições sobre bruxaria.

9. A Convenção das Bruxas (The Witches – 1990)
Gênero: Fantasia
Sinopse***: Luke, um menino de 10 anos, é levado à Inglaterra por sua avó Helga após a morte dos pais. Ao chegarem ao hotel, descobre que uma estranha convenção acontece por ali. Ele percebe que se trata de um encontro de bruxas, no qual está se traçando planos para transformar todas as crianças do mundo em ratos. O pequeno Luke acaba sendo descoberto em uma das reuniões, se torna vítima e acaba sendo transformado em rato junto mais um menino chamado Bruno Jenkins. Mesmo nessa condição, o garoto resolve impedir que este plano diabólico seja colocado em prática, fazendo com que o feitiço vire contra o feiticeiro.
Por que assistir: Anjelica Houston novamente nos presenteia no papel de uma bruxa poderosa, mas bem malvada, nesse filme divertido. Confesso que até hoje sinto aflição ao ver a transformação das crianças em ratos, mas nunca me impediu de assisti-lo várias vezes. Um clássico da infância (da minha ao menos) que também despertava um medinho ao vermos as reais faces das bruxas. Esse misto de sensações resulta num ótimo e memorável filme.

10. O Homem de Palha (1973)/O Sacrifício (2006) (The Wicker Man)
Gênero: Terror
Sinopse*: Ao investigar o desaparecimento de uma jovem em uma ilha isolada, na qual preside uma população dominada pelas mulheres, policial (Cage) descobre que os moradores da comunidade escondem um grave segredo. A história, escrita por Anthony Shaffer, foi filmada anteriormente em 1973 por Robin Hardy, com o título O Homem de Palha.
Por que assistir: Deixei a polêmica por último. Eis um filme pouco conhecido até surgir o remake com Nicolas Cage. Confesso que a versão original é mais impactante, e tem Christopheer Lee (Saruman minha gente, sendo duvidoso bem antes de se aliar a Sauron, cof cof, retomando...). E porque tá numa lista de bruxas? A história se passa no período de organização do Festival de Beltane (tradição celta) numa ilha da Escócia, data importante para os bruxos, tal como Halloween (Samhain, hemisfério Norte). Dentre os filmes que tratam do paganismo, esse é o que melhor se aproxima dos costumes e ritos praticados na antiga religião. É terror né, não um documentário, então tem sua dose de ficção para se enquadrar no gênero. Coloquei na lista para dar uma chance a esse filme, principalmente o original.
                                                  

*Sinopse retirada do site Cinedica
**Sinopse retirada do SBT Filmes
***Sinopse retirada do Wikipedia

A missão de fazer uma lista não é fácil, gregos e troianos, não dá pra agradar todos. Sempre sai um como injustiçado ou como supervalorizado. 
Mas insisto, gostaram da lista? Qual filme vocês recomendariam ou retirariam dessa indicação?
Comenta aí pra gente!


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Por NFM/Agridossiê

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Pipoca & Manteiga: 20 anos de Pulp Fiction

      1994 definitivamente foi um ano intenso. O esporte perdia Senna e ganhava uma seleção tetracampeã, a mudança da moeda no Brasil , e o cinema lançava o longa que se tornaria um dos filmes mais influentes da sua história. Siim! Pulp Fiction, o clássico de Quentin Tarantino acaba de completar 20 anos de sua estreia, realizada em 14 de outubro de 1994.

     A produção independente custou uma humilde quantia de  US$ 8,5 milhões, um valor financeiro baixo comparado aos valores dos demais filmes de Hollywood. O mix de três histórias, com as aventuras de dois assassinos profissionais, vividos por John Travolta e Samuel "Fucking" L. Jackson, tornou-se um grande sucesso mundial e referência à cultura pop. Pulp Fiction faturou US$ 214 milhões em bilheteria e concorreu a 7 categorias no Oscar. Tarantino e Avary venceram o prêmio de Melhor Roteiro Original. Também ganharam a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1994.

 "Say 'what' again, I dare you, I double dare you motherfucker"
     E como tudo que envolve Tarantino e Pulp Fiction vira ouro, não poderia ser diferente com os atores do longa. John Travolta (Vicent Vega) que estava à beira do ostracismo, recebeu a indicação ao Oscar de melhor ator. Uma Thurman (Mia Wallace, esposa de Marsellus Wallace) foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Bruce Willis (Butch Coolidge) protagonizou alguns dos melhores momentos do filme e ele... Samuel L. Jackson (Jules Winnfield), deu um show de interpretação, e foi indicado ao Ocar de melhor ator coadjuvante.


     Eis algumas curiosidades sobre um dos filmes mais amados do mundo:

· Vicent e Jules invadem o apartamento de Brett para recuperar a maleta de Marsellus. Um garoto que estava escondido os surpreendem com uma arma e atira contra eles. Jules ao olhar para os furos das balas na parede, diz que só não foram atingidos por pura obra divina. Maaas, as marcas das balas já estavam na parede antes do pobre garoto atirar. Acorda, produção!

· Sobre a passagem bíblica que Jules recitou (Ezequiel 25:17)a ideia não partiu da leitura bíblica e sim, de um filme de Kung Fu. Coisas de Tarantino...

· O carro usado por Vicent e Mia pertencia à Tarantino. O mesmo foi roubado durante as gravações do filme. A carteira usada na cena do roubo da lanchonete também era do Tarantino. (Aquela must-have “Bad Mother Fucker”)


· A espada que Butch usou para salvar Marcellus, é a mesma usada em Kill Bill.

· Quando Vicent entrava no banheiro, era melhor fugir para as colinas. Algo ruim sempre acontecia. Quando Mia teve uma overdose, aonde Vicent estava? No banheiro. Quando o casal anuncia o assalto na lanchonete, Vicent estava no banheiro. E até nos momentos finais de vida loka, lá estava Vicent no banheiro!


·A mãe do Tarantino afirmou que ainda na gravidez, ouvia em looping eterno “You Never Can Tell”, de Chuck Berry, aquela música que Vicent e Mia dançaram no Jack Rabbit.


     20 anos depois, Pulp Fiction segue influenciando criações, ganhando fãs, estampando camisetas, mais atual do que nunca, e fazendo seus admiradores (inclusive, eu) vibrarem com "Any of you fuckin' pricks move and i'll execute every one of you motherfuckers!", seguida de Misirlou.


Por Rose Monteiro

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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

10 Mulheres Brasileiras que se foram mas merecem ser lembradas – PARTE 1

     Você provavelmente conhece os feitos de Machado de Assis, Antônio Conselheiro, Lampião, Tiradentes, Luís Carlos Prestes... e por aí vai uma lista quilométrica de grandes homens envolvidos na construção histórica brasileira. Mas você conhece a contribuição de mulheres ilustres que compõem a história desse mesmo Brasil?
As vezes até estudamos algumas na escola, ou vimos algo no jornal, as vezes até pensamos "já ouvi esse nome..." E se você ouviu esse nome deve ter um motivo. Algo importante está por trás ou a frente disso.
Então, apresento a vocês 10 mulheres que deixaram sua marca na nossa pátria amada (algumas até ultrapassaram fronteiras), e merecem sempre um olhar digno de admiração! Gente, o baú foi descoberto agora vamos apreciar esse tesouro?!
PS: a lista não segue um critério de ordem.

     1. NÍSIA FLORESTA (RN, 1810 – 1885)
Dionísia Gonçalves Pinto era o nome verdadeiro dessa potiguar precursora dos ideais feministas no Brasil. Ela é reconhecida como a fundadora do feminismo no nosso país, e pasmem, também da América Latina!!! (Don’t cry for me Argentina...! hehe, sorry, não pude me conter!).
Nísia foi uma célebre pensadora, educadora, escritora, poetisa, e mesmo no início do século XIX, com uma sociedade dominada pela supremacia masculina tanto nos ramos públicos quanto privados, ela ainda publicava seus textos nos jornais da época! 
Quer mais? Além de ser defensora das mulheres, ela acumulava o atributo de ativista pelos direitos indígenas e abolição da escravatura!
Seu livro “Direito das mulheres e injustiças dos homens” de 1832 é considerado um marco pioneiro na luta pela igualdade de gênero. Na obra Nísia propõe uma reforma na educação que valorizasse o papel da mulher como agente de transformação na sociedade. De fato, uma mulher a frente do seu tempo. Obrigada Nísia!

     2. MARIA QUITÉRIA (BA, 1792 – 1853)
Como tô valorizando a memória de brasileiras, vou inverter a coisa e dizer que, Joana D’arc foi a Maria Quitéria francesa (ela é sempre citada como a Joana D’arc brasileira, google it).
Maria Quitéria foi uma militar que se destacou na Guerra da Independência do Brasil contra o império português.
 Quando leio sobre Maria Quitéria logo me vem a mente a história da Mulan, olha só porquê. Nossa heroína brasileira se voluntariou para a guerra pois não tinha irmãos (sentido de varão mesmo) e seu pai já idoso era incapaz de prestar serviços militares. É lógico que seu pai não aceitou a participação da filha nessa loucura, ora essa, filha minha na linha de fogo? Pois bem, ela fugiu de casa, cortou as madeixas, se vestiu de homem , inventou um nome (Soldado Medeiros), e ingressou na batalha! Sentiram a semelhança? Ahn ahn?
Pouco tempo depois o pai da moça descobriu a presepada e foi lá no Batalhão denunciar a filha. Eis que o Major defendeu a presença da Maria Quitéria devido a seu notável desempenho e desenvoltura!!
Sério, uma mulher que lidou com tiro, porrada e bomba num ambiente só com homens por todo lado, e ser a melhor nisso, é ou não é digna de todo nosso respeito???
Subversiva, rebelde e guerreira, Maria Quitéria foi prestigiada e homenageada por todos que a conheceram, e que continue assim.
PS: O pai depois a perdoou.  :)



3. CHIQUINHA GONZAGA (RJ, 1847 – 1935)
O Dia Nacional da Música Popular Brasileira, celebrado em 17 de outubro, não foi escolhido por acaso, é o dia em que Chiquinha Gonzaga entoou seu primeiro chorinho ao vir ao mundo.
A compositora e instrumentista foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil! Chiquinha casou-se muito nova pela primeira vez (13 anos!) a mando de seu pai e sua realidade social era: um país escravocrata e extremamente patriarcal. Ela foi contra tudo isso.
Apesar das rigorosas imposições sociais para a mulher na época, ela se dedicou aos seus estudos na música e conquistou com mérito um lugar para chamar de seu. Lógico que com muita dificuldade, porque suas obras eram rejeitadas por simplesmente serem produtos de uma autora.
Atuou como figura importante na luta contra escravidão e na campanha pela proclamação da República. Seu estilo musical chegou a ser considerado vulgar e chulo. A mulher realmente causou nas elites brasileiras (hahaha me divirto imaginando a cara desse pessoal!)!  Embora tenha sofrido preconceitos e considerada subversiva (homem era revolucionário, mulher era subversiva), seu legado de composições é apreciado e respeitado até hoje, devido sua grande importância na nacionalização e popularização da música brasileira.
         Ó abre alas que eu quero passar....E ela passou. E sambou na cara da sociedade.
                                     
4. ANITA MALFATTI (SP, 1889 – 1964)
Pintora, ilustradora e professora, Anita foi precursora do Modernismo no Brasil. Anita contribuiu com um estilo artístico inovador e revolucionário para expressar a arte popular brasileira. Mas para ser reconhecida, nem tudo foram rosas. Essa mulher causou muito alvoroço na vida dos conservadores!
Em 1917 a artista realizou uma exposição individual e foi duramente criticada.  Nem só de Narizinho e Visconde de Sabugosa vivia Monteiro Lobato.  Na época o escritor também atuava como crítico de arte e teceu uma severa teia de reprovação à inovação artística apresentada por Anita. Suas obras foram devolvidas, algumas destruídas tamanha a repercussão da crítica publicada na imprensa. O Brasil não estava preparado para você ainda Anita.
Daí que aconteceu a Semana de Arte Moderna de 1922 regada a muito babado e confusão nas terras paulistas, e Anita permaneceu lá, juntamente com sua patota (Grupo dos Cinco), defendendo sua arte.
A determinação de Anita é admirável, mesmo diante de tanta adversidade e rejeição, ela não se reduziu a pó para agradar a opinião alheia. Já cantava a diva Whitney Houston “Cause I'll never change all my colors for you...” (lide com isso!). Ela sabia do seu valor. Sua maior obra de arte foi dar cores a ousadia.

5. BERTHA LUTZ (SP, 1894 – 1976)
Bióloga especializada em anfíbios. Sim, você leu certo. Isto prova que não somos o que trabalhamos, somos o que construímos.
Bertha Lutz foi a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro em 1919, o que lhe despertou profundo interesse pela luta de igualdade de gênero. O seu foco: sufrágio feminino.
Em 1922 as mulheres brasileiras foram dignamente representadas por Bertha na assembleia geral da Liga das Mulheres Eleitoras nos Estados Unidos, "só" a organização mais importante da América a defender o direito da mulher ao voto.
Devido a sua incessante luta pelos direitos da mulher, a influência política de Bertha foi crescendo até que lhe foi contemplada a oportunidade de  participar da Comissão de Redação do Anteprojeto da Constituição de 1934. Meus/Minhas colegas, deixa eu intensificar,  apenas DUAS mulheres foram ouvidas por essa comissão em 1932 (a outra participante foi Nataercia da Silveira)!!
Com as manifestações e reivindicações, o direito de voto feminino foi assegurado em 24 de fevereiro de 1932, através de decreto-lei no governo de Getúlio Vargas. Bertha conquistou uma cadeira como Deputada Federal. Finalmente a chegada das mulheres no cenário político foi celebrada!!
A progressista colaborou para que muito machista engolisse sapo mesmo! 

Incríveis e Inspiradoras!
Espero que tenham gostado dessa seleção de mulheres espirituosas (não foi nadinha fácil de escolher, acreditem!).
Em breve postaremos a segunda parte! Aguardem!
E aí, o qual sua opinião sobre a primeira parte da lista? Conhecia todas essas queridas?
Queremos saber! ^^

 
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Por: NFM/Agridossiê

 


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Bem vindas e Bem vindos!

Queremos apresentar a vocês esse blog que vem sendo elaborado e repensado durante um período considerável, e que finalmente pode ter seu nascimento oficializado. \o/

Para entender um pouco mais sobre o que se trata aqui, nada melhor que um dossiê! (há, não podia perder essa!)


Nome: AgriDossiê

Data de Nascimento: outubro de 2014

Aspirações: conversar com nossas leitoras e leitores em uma relação de parceria, sempre trazendo novidades, opiniões e discussões sobre os mais diversos temas, desde uma nova série de tv a assuntos mais delicados de apurar o sabor.

Atividades exercidas: crônicas, música, cinema, moda e estilo, e principalmente, valorização da igualdade de gênero, afinal, é tão mais gostoso compartilhar novas ideias garantindo a todos o mesmo direito e liberdade de acrescentar algo nesse processo!

Objetivo: construir um espaço informativo que proporcione sensações de humor, reflexão, curiosidade, e aconchego. Sim, queremos que você se sinta próximo a nós porque estamos juntos e misturados mesmo.

Satisfação: Retorno. O escritor ser leitor o leitor ser escritor, é a melhor jeito de saber que atingimos nossa intenção. Satisfeitas.


Nossas mais sinceras e empolgadas boas vindas! :D 

Aqui o compromisso é com você que procura um ambiente alternativo e sem padronizações que contempla a beleza da diversidade de temas e pessoas! 

Estamos de braços abertos para acolher todos que buscam um bate papo instrutivo e livre, porque nossa preferência é pelo agridoce, elogios são bons, mas opiniões, melhor ainda. ;)



Cheers!!