quarta-feira, 4 de março de 2015

Dança do Ventre: a Força do Feminino

A dança é a linguagem gestual artística do ser humano. E como é maravilhoso dar movimentos para ritmos e emoções! Através da dança atendemos as necessidades do corpo e da alma. Movimento e sentimento se expressam em cima de notas que nos imergem em um universo repleto de possibilidades. Desde os primórdios da humanidade a dança sempre esteve presente na civilização, como forma de comunicação primária até seus estilos mais complexos e elaborados.


Todo esse preâmbulo histórico tem uma nobre intenção: apresentar a dança do ventre e sua relação com o feminino. A trajetória da dança está fortemente associada à rituais e espiritualidade. A dança do ventre é uma dança milenar, registrada em escritos das civilizações egípcias, sumérias, babilônicas, gregas, persas. Mesmo que sua origem de data e local seja incerta e mais uma estimativa (7000 a 5000 a.C.), é fato que a sinuosidade da expressão corporal era um ponto em comum, bem como a exaltação do Sagrado Feminino.

A dança do ventre tem suas raízes nos ritos de fertilização que celebravam as divindades femininas, pedindo força e proteção à Grande Mãe. Além de um estilo, a dança do ventre também envolve meditação e processos de auto-cura, por incentivar a autoestima e potencializar as energias femininas que por vezes adormecem e precisam ser despertadas.


Tamanho é o esplendor do feminino nessa dança que o Cristianismo e o Islamismo (meados século IV) ao dominarem o Oriente Médio, proibiram a dança da Jade por considerá-la erótica, pecaminosa e provocante. Mulheres foram reprimidas e sua forma de louvar a alma feminina foi minimizada à uma interpretação equivocada de truques de sedução. Ao que parece, era tudo sobre eles, né? Hunf.


O viés artístico da dança do ventre anda ao lado do viés espiritual, e esse elo não pode ser rompido. A harmonia entre dança e consciência proporciona a experiência completa de vivenciar toda a energia criativa. As mulheres tem a dança como uma força intrínseca e conectar-se a essa matriz conecta mulheres à mulheres.


O que isso significa: o autoconhecimento que a dança fornece empodera e une mulheres.  A dança do ventre resgata e enaltece o poder feminino de todas nós, transformando cada uma individualmente e coletivamente.

O feminino não se trata de religião. É uma força que temos e nos aproxima umas das outras. Falar sobre a dança do ventre não é considerar apenas shimmies, camelos e oitos, a técnica não é o foco, e sim o poder e sensibilidade que essa dança hipnotizante confere a cada um que se adentra no seu universo. A dança não tem gênero, mas você, mulher, você tem o feminino dentro de você, coloca uma música e não permita que essa virtude adormeça.



Dedico a todas pessoas encantadoras que conheci na dança e que me permitiram apreciar a plenitude dessa experiência!

Gostou do nosso blog? 
Então fique por dentro das nossas atualizações!
Na barra lateral direita, tem a opção 'Seguidores', sinta-se muito convidado para nos seguir! É rapidinho e fácil. :)
Também estamos no Instagram@blogagridossie
Lembrando, envie sua foto para a “Cabelo bom é o meu!” no email: agridossie@gmail.com
Comentem, compartilhem e acompanhem nossas postagens!!
Beijos!

Por Naara Morato/Agridossiê

Nenhum comentário:

Postar um comentário