A dança é a linguagem gestual artística
do ser humano. E como é maravilhoso dar movimentos para ritmos e emoções!
Através da dança atendemos as necessidades do corpo e da alma. Movimento e
sentimento se expressam em cima de notas que nos imergem em um universo repleto
de possibilidades. Desde os primórdios da humanidade a dança sempre esteve
presente na civilização, como forma de comunicação primária até seus estilos
mais complexos e elaborados.
Todo esse preâmbulo histórico tem
uma nobre intenção: apresentar a dança do ventre e sua relação com o feminino. A trajetória da dança está
fortemente associada à rituais e espiritualidade. A dança do ventre é uma dança
milenar, registrada em escritos das civilizações egípcias, sumérias,
babilônicas, gregas, persas. Mesmo que sua origem de data e local seja incerta
e mais uma estimativa (7000 a 5000 a.C.), é fato que a sinuosidade da
expressão corporal era um ponto em comum, bem como a exaltação do Sagrado
Feminino.
A dança do ventre tem suas raízes
nos ritos de fertilização que celebravam as divindades femininas, pedindo força
e proteção à Grande Mãe. Além de um estilo, a dança do ventre também envolve
meditação e processos de auto-cura, por incentivar a autoestima e potencializar
as energias femininas que por vezes adormecem e precisam ser despertadas.
Tamanho é o esplendor do feminino
nessa dança que o Cristianismo e o Islamismo (meados século IV) ao dominarem o
Oriente Médio, proibiram a dança da Jade por considerá-la erótica, pecaminosa e
provocante. Mulheres foram reprimidas e sua forma de louvar a alma feminina foi
minimizada à uma interpretação equivocada de truques de sedução. Ao que parece,
era tudo sobre eles, né? Hunf.
O viés artístico da dança do
ventre anda ao lado do viés espiritual, e esse elo não pode ser rompido. A
harmonia entre dança e consciência proporciona a experiência completa de
vivenciar toda a energia criativa. As mulheres tem a dança como uma força
intrínseca e conectar-se a essa matriz conecta mulheres à mulheres.
O que isso significa: o
autoconhecimento que a dança fornece empodera e une mulheres. A dança do ventre resgata e enaltece o
poder feminino de todas nós, transformando cada uma individualmente e
coletivamente.
O feminino não se trata de religião.
É uma força que temos e nos aproxima umas das outras. Falar sobre a dança do
ventre não é considerar apenas shimmies, camelos e oitos, a técnica não é o
foco, e sim o poder e sensibilidade que essa dança hipnotizante confere a cada
um que se adentra no seu universo. A dança não tem gênero, mas você, mulher,
você tem o feminino dentro de você, coloca uma música e não permita que essa
virtude adormeça.
Dedico a todas pessoas
encantadoras que conheci na dança e que me permitiram apreciar a plenitude
dessa experiência!
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Por Naara Morato/Agridossiê
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